Por vezes, o amor pode ser muito egoísta e ciumento. Não queremos dividir, não queremos deixar ir. Queremos tudo para nós para tirar o máximo de proveito possível, alimentando uma relação que, para quem está do outro lado, pode ser muito difícil de sustentar.
O amor tem, sim, a vontade de ficar perto, de fazer o impossível para melhorar a situação e de mexer os pauzinhos para que tudo fique confortável. O amor também tem muita vontade de estender o tempo para sempre adiar o fim, mas tem tempo estendido que é egoísmo, porque o outro lado já pede por não estar mais aqui. O outro lado precisa voar, precisa seguir o próprio caminho, precisa descansar.
Amar é um mar de complexidade, com ondas de certezas e tsunamis de dúvidas. Mas também é a calmaria de águas leves que levam o barco para a praia, onde ele pode se aterrar e o marinheiro descansar. Amar tem intensidade tão grande que nos cega da realidade imposta, que clama por mudança, por descanso. Amar também é tomar uma decisão extremamente difícil, mas que é justamente o que é preciso para que o amor seja puro e fiel.
A gente ama em realidade e rotina, mas também ama na memória e na saudade, tendo um amor genuíno e bonito guardado, sem o egoísmo de querer fazer ser para sempre algo que é temporário. Tem amores que, nesse plano, têm hora para ir embora, mas, no outro plano, são eternos.
O amor tudo suporta, sim. Até a decisão mais difícil de deixar ir.
Amar também é deixar ir. E essa é a maior prova de amor.









Muitos confundem amor com apego, medo com cuidado e culpa com consideração. É o que eu chamo de MAC ( medo, apego,culpa ). Sentimentos que nos aprisionam em pessoas, situações e empregos. Dessa forma nunca vivemos o que é genuíno, verdadeiro e seguro. E ao ir ou deixar ir, dói, mas lá na frente, todos se sentiram seguros e livres para experiência o verdadeiro e genuíno amor.
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