Início
Sobre mim
O blog
Contato
9/18/2025

Reconhecer os privilégios

Fonte: Pinterest
Fonte: Pinterest

Ontem eu estava conversando com uma amiga sobre nossos trabalhos e decidi compartilhar um pouco do nosso papo aqui. 

Ambos os nossos trabalhos nos permitem entrar em contato com diferentes realidades e com pessoas que possuem problemas muito diversos daqueles que nós enfrentamos. Crescemos e fomos criadas em ambientes de prestígio e de oportunidades desenhadas, com esforço nosso ou não. A verdade é que a vida foi - e é - mais fácil para nós em comparação à algumas pessoas, e reconhecemos isso durante a nossa conversa. Reconhecemos que, apesar de termos nossas questões e também passar por maus bocados, tem pessoas que passam por problemas tão mais sérios que nos fazem dar mais crédito ao que temos. 

Não é no sentido de se ver superior, mas de reclamar de barriga cheia. 

Entrando em contato com essas pessoas, ouvindo o que elas tem a nos relatar e partilhando o ombro ou estendendo a mão para ajudar, somos tocadas pela diferença. A compaixão que a gente sente nos faz entender que, às vezes, nossos problemas são muito pequenos e, até, nem tão importantes assim. Ainda, percebemos que o privilégio começa no básico; nas informações mais óbvias que um ser humano deveria ter, mas que, por vários motivos, não tem. 

A conversa de ontem foi muito rápida, mas muito profunda e acendeu em mim algo que eu tenho pensado há um tempo: preciso reconhecer meus privilégios. Preciso, de um jeito não tóxico e atípico, claro, entender que às vezes reclamo por muito pouco e que tenho muito mais do que eu penso. Preciso ser mais grata pelo que tenho e estar mais aberta a entrar em contato com realidades diferentes para aprender e ajudar. Afinal, nossas relações podem nos ensinar muitas coisas, inclusive, como enxergar a vida de um jeito diferente. 

Com esse post, te convido a pensar: você tem reconhecido os seus privilégios? 

9/07/2025

Responsabilidade é liberdade

Fonte: Pinterest
Fonte: Pinterest


Uma vez na faculdade escutei algo que demorou muito tempo para fazer sentido para mim: responsabilidade é liberdade
O tempo passou, a vida seguiu, as sessões de terapia aconteceram e eu  - finalmente - entendi e hoje levo como um mantra para a minha vida. 

Quado delegamos nossas decisões, vontades, ações e tudo aquilo que depende de nós para acontecer, viramos reféns de quem nos "serve" e, consequentemente, não evoluímos. Não falo de quando somos crianças e precisamos de cuidado e orientação, mas de quando nos tornamos adultos que não encaram as próprias responsabilidades, seja colocar limites numa relação, iniciar um projeto que tanto sonha, tomar uma decisão dificil, sair de uma situação que causa desconforto, entre várias outras coisas que se encaixam em realidades diferentes. Ser responsável por si demanda escolhas e, consequentemente, responsabilidade para bancar o que se deseja. 

A verdade é que ser responsável pela própria vida exige muita coragem, pois não é nada fácil. É muito melhor - e digo com propriedade - deixar para outra pessoa decidir como o curso da vida pode seguir; é menos cansativo, exige menos esforço e movimento - e ainda podemos culpar alguém quando as coisas não derem certo, né? Mas esse movimento de projetar no outro a nossa vida, nos custa muito caro. Custa poder aprender com os erros e saber recalcular a rota quando as coisas não saem como planejado. Custa viver uma vida autêntica e alinhada com os nossos princípios e valores. Custa a nossa própria vida e a nossa liberdade.

Assumir a direção da própria vida é extremamente assustador, um movimento carregado de medo e ansiedade, mas com o passar do tempo, com as experiências, erros e acertos, fica cada vez menos difícil e mais possibilidades de caminho que fazem sentido aparecem. 

Com isso, te convido a pensar: o que é seu que você tem deixado nas mãos de outras pessoas? 
Assuma o controle da sua vida e ganhe liberdade para viver cada dia melhor.
8/22/2025

O que você faria se dinheiro não fosse uma questão?

Fonte: Pinterest

Provavelmente, em algum momento da sua vida, você parou para pensar se o seu trabalho é realmente o que você quer para a sua vida, certo? "Será que é isso mesmo?" ou "Qual seria o outro caminho?" são duas de muuuitas perguntas que devem surgir na sua cabeça. 

A verdade é que não é nada fácil se depara com essa questão. Afinal, você estudou X anos para estar ali... começar do zero parece assustador e até uma perda de tempo. E, além disso, você precisa ganhar dinheiro, né? Melhor ficar onde está... 

Mas acontece que a pulga atrás da orelha não sossega até você parar e encarar as suas insatisfações.

Como uma pessoa que estudou muito sobre orientação profissional, posso te falar que uma das perguntas que aparece durante o processo de se conhecer é: O que você faria se dinheiro não fosse uma questão?

Essa pergunta é "simples", mas ao mesmo tempo revela desejos profundos que podem servir como norteadores na sua jornada... O que te brilha os olhos? O que você conta os segundos para fazer? Qual é o assunto que te deixa animado só de lembrar? 

Você pode usar suas respostas tanto para traçar uma nova carreira, quanto para pensar em como agregar ao seu momento atual. Porque, sim, podemos trabalhar com o que gostamos e receber por isso! 

Desde pequenos, fomos ensinados que o prazer e o trabalho não se misturam, mas é exatamente por isso que há muitas pessoas frustradas por aí. Crescemos gostando muito de algo, mas abandonamos a ideia de seguir carreira porque aquilo "não rende"... só que a frustração futura é muito cara, e não há dinheiro que pague.

Se o dinheiro não fosse tão importante assim, e se você pudesse trabalhar com algo que você realmente gosta, qual caminho você seguiria? 

Talvez o seu ponto de partida esteja no que vier depois da interrogação. 


7/07/2025

Abrace a sua insignificânica

Fonte: Pinterest

Lendo o título de primeira, pode parecer uma frase insensível, né? Mas fica por aqui que você vai entender que não é nada disso.

O mundo é enorme, e a vida acontece de modos diferentes para todos nós. Cada um tem suas próprias dificuldades, e nem todas as pessoas são verbais em relação a isso. Além disso, cada pessoa reage de maneira diferente frente aos impasses da vida.

E, por conta disso, quando um colega responde com um tom de voz mais sério ou algum amigo cancela os planos em cima da hora, nem sempre tem a ver com você. Às vezes, o colega está concentrado em uma tarefa, e o amigo não está se sentindo tão bem para sair de casa... existem outras motivações que não dizem respeito à sua pessoa.

E é aí que a insignificância entra.

Quando falo para você abraçar a sua insignificância, não estou dizendo para que aceite que você não é importante! Não é nada disso. Estou tentando te fazer entender que você é importante, sim — mas, ao mesmo tempo, te ajudar a se livrar do peso que é achar que tudo é sobre você. Até porque, como eu disse lá em cima, o mundo é enorme, e milhares de coisas acontecem todos os dias. Se achar maior do que toda a complexidade da nossa realidade é um pouco de prepotência, não acha?

Reconhecer sua insignificância e aceitar que você é mais um pontinho no mundo acelerado e rodeado de vários outros pontinhos não é diminuir o próprio valor, mas sim aceitar a realidade como ela é e se desprender dessa fixação sufocante de si. É liberdade.

Abrace a sua insignificância!