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Ontem eu estava conversando com uma amiga sobre nossos trabalhos e decidi compartilhar um pouco do nosso papo aqui.
Ambos os nossos trabalhos nos permitem entrar em contato com diferentes realidades e com pessoas que possuem problemas muito diversos daqueles que nós enfrentamos. Crescemos e fomos criadas em ambientes de prestígio e de oportunidades desenhadas, com esforço nosso ou não. A verdade é que a vida foi - e é - mais fácil para nós em comparação à algumas pessoas, e reconhecemos isso durante a nossa conversa. Reconhecemos que, apesar de termos nossas questões e também passar por maus bocados, tem pessoas que passam por problemas tão mais sérios que nos fazem dar mais crédito ao que temos.
Não é no sentido de se ver superior, mas de reclamar de barriga cheia.
Entrando em contato com essas pessoas, ouvindo o que elas tem a nos relatar e partilhando o ombro ou estendendo a mão para ajudar, somos tocadas pela diferença. A compaixão que a gente sente nos faz entender que, às vezes, nossos problemas são muito pequenos e, até, nem tão importantes assim. Ainda, percebemos que o privilégio começa no básico; nas informações mais óbvias que um ser humano deveria ter, mas que, por vários motivos, não tem.
A conversa de ontem foi muito rápida, mas muito profunda e acendeu em mim algo que eu tenho pensado há um tempo: preciso reconhecer meus privilégios. Preciso, de um jeito não tóxico e atípico, claro, entender que às vezes reclamo por muito pouco e que tenho muito mais do que eu penso. Preciso ser mais grata pelo que tenho e estar mais aberta a entrar em contato com realidades diferentes para aprender e ajudar. Afinal, nossas relações podem nos ensinar muitas coisas, inclusive, como enxergar a vida de um jeito diferente.
Com esse post, te convido a pensar: você tem reconhecido os seus privilégios?